SAKAGURA A1, SP

Tenho que começar o post de hoje com uma dica: não se deixe impressionar pelo pouco movimento no térreo (foto acima) do Sakagura A1. O melhor do restaurante está no andar de baixo. E, infelizmente, nós demoramos para descobrir isso. Na nossa opinião, é um dos melhores representantes da culinária japonesa em São Paulo, atualmente. Motivos: cardápio assinado por chef japonês legítimo, variedade de saquês e preços razoáveis. Além disso, as opções vão muito além dos sushis e sashimis. O “Kit Sakagura”, por exemplo, traz cinco entradas típicas do Japão, que mudam diariamente. Outra coisa legal é que os pratos podem ser compartilhados. Um dos nossos preferidos é o Hot Roll (foto abaixo) porque vem crocante mesmo e é coberto com ovas e azeite trufado. Humm, o melhor que conhecemos até agora. Por isso, já voltamos lá algumas vezes. E torcemos para que cada vez mais pessoas descubram o Sakagura para ele ter vida longa! 

MURET LA BARBA, Berlim

Mitte é um bairro de Berlim que nem sempre é citado nos guias turísticos. Mas se você estiver na cidade, não deixe de visitá-lo. A região faz lembrar um pouco o Soho de Nova York, cheia de lojinhas, cafés e restaurantes descolados. Tem opções para todos os gostos, nós paramos num italiano chamado Muret La Barba. Primeiro, porque ficava numa esquina super charmosa e, segundo, porque havia prateleiras cheias de vinhos de boa qualidade. Como tinham muitas reservas, nós acabamos dividindo uma mesa com outras três pessoas. Mas era ao ar livre e curtimos demais o jantar. Começamos aceitando a sugestão de vinho vinda de um italiano que parecia ser o dono do restaurante. E, desta vez, resistimos às massas e pedimos peixe. Não nos arrependemos. E enquanto ficamos lá percebemos que, além de atrair muitos turistas, o lugar também é ponto de parada para happy hour dos berlinenses. E ser apreciado pelos próprios moradores significa (muitas vezes) vida longa ao empreendimento. Saúde!

Pratos: Bacalhau natural empanado, com legumes também empanados e uma salada verde com ervas diferentes e deliciosas/ Peixe grelhado com aspargos brancos e batatas assadas. Vinho: Casale Dello Sparviero, Chianti Clássico, 2009. Data: 07/06/2013. Aprox.: US$90. 

FISHERMAN’S TABLE, SP

Adoramos uma novidade, ainda mais quando ela foge dos padrões. Acaba de inaugurar no Itaim Bibi o Fisherman’s Table, que está sendo classificado pelos donos como “brasserie asiática”. Aliás, os sócios – coreanos - são os mesmos da hamburgueria Butcher’s Market (post aqui). Só que a proposta do novo empreendimento é bem diferente. Culinária oriental com receitas nada tradicionais. Tem, por exemplo, grelhado que mistura filé mignon e camarões; sanduíches feitos com lagosta e pão de cachorro quente; mexilhões com saquê e caldo de peixe. Até os sushis e sashimis são mais elaborados. O ambiente é bem informal, com muita madeira, ferros e luminárias aparentes. Um dos espaços tem um balcão de concreto que pode ser compartilhado por várias pessoas. Faz lembrar os mercados de peixe em Nova York, onde os sócios buscam inspiração para seus projetos. E, pelo visto, a nova casa tem tudo para fazer o mesmo sucesso do Butcher’s.

O que nós pedimos:

Data: 04/08/13. Aprox. R$180 (pratos + uma garrafa de vinho branco).

AS TAPAS DE BARCELONA

Ir à Espanha e não comer as tapas (tradicionais petiscos) é a mesma coisa que ir à praia e não ver o mar. Pães recheados, frutos do mar grelhados ou em conserva, salames, queijos...é impossível não gostar de pelo menos uma das muitas opções. Atualmente, elas até substituem os pratos principais. E geralmente são saboreadas com uma taça de vinho. Quer coisa melhor? Nós voltamos de Barcelona viciados nesta deliciosa mania espanhola. Por isso, trouxemos algumas dicas de bares de tapas bem legais que encontramos por lá: 

TAPAS, 24 (ou Tapaç, 24): foi o primeiro que nós visitamos em Barcelona, seguindo a dica do blog de uma brasileira que mora lá. O ambiente é bem informal, apesar do chef famoso (que já fez parte da equipe de Ferran Adrià, cujo restaurante foi eleito algumas vezes o melhor do mundo). Vive cheio, balcão e mesas são compartilhados tanto por moradores quanto por turistas.

O menu é de dar água na boca. Tudo parece muito bom. Nós provamos sardinhas e os famosos ovos mexidos com morcilha. Tão simples, tão delicioso. (Disputació, 269, bairro Eixample).

EL XAMPANYET: descobrimos por acaso, saindo do Museu Picasso. Depois li que este bar é praticamente uma instituição espanhola, existe desde 1929! Pequeno, autêntico e disputado.

Nós nem estávamos com fome mas ficamos curiosos com o movimento. Entramos para tomar um vinho e...bem, a foto dispensa comentários. As tapas são maravilhosas! (Carrer de Montcada, 22, na Cidade Velha)

BODEGA LA TINAJA: tem jeito de restaurante mas serve as tapas também, com porções mais generosas. É mais aconchegante que os outros citados acima. Fomos lá duas vezes durante a viagem e, com certeza, voltaríamos outras.

O ambiente parece um antigo celeiro, a luz é baixa, ótimo para namorar e tomar um vinho. Aliás, a seleção de vinhos é o melhor da casa. Esqueça a carta e peça uma dica diretamente ao atendente do balcão. Se você souber o que quer beber, ele vai te ajudar a encontrar a melhor garrafa. (Carrer de L’Esparteria, 9, bairro Gótico)

KRUSTA BAKERY, Praga

Assim como no post anterior, o assunto de hoje também é sobre Praga. Andando pela histórica capital da República Tcheca é impossível não dar de cara com uma barraquinha de Trdlo (é assim mesmo que se escreve e a pronúncia é difícil para nós brasileiros!). Bom, o Trdlo é um pão doce típico da região. E o cheirinho de massa quentinha, com açúcar e canela, toma conta das ruas, principalmente do centro antigo. Irresistível! Mas se você quiser saborear a guloseima com mais calma, num lugar mais aconchegante, procure uma das lojas da Krusta, uma espécie de rede de padarias. Os ambientes são pequenos e o atendimento não é muito cordial mas os produtos valem a visita. A loja mais charmosa fica ao lado da turística Ponte Carlos. Foi lá – durante uma parada estratégica para fugir da chuva - que nós provamos, pela primeira vez, o Trdlo. Gostamos tanto do doce e do lugar que voltamos no dia seguinte e trouxemos a dica na bagagem. 

CLOUD 9 SKY, Praga

Nesta época do ano, Praga, na República Tcheca, recebe tantos turistas que a gente anda praticamente em fila nas ruas. E se tem uma coisa que eles adoram fazer lá é apreciar – do alto – os icônicos telhados em tons de vermelho e dourado. Por isso, os restaurantes que têm uma bela vista da cidade são concorridos. Nós decidimos fugir do lugar comum e fomos para o Cloud 9 Sky, o lounge bar do hotel Hilton. Apesar de ser um dos edifícios mais altos, não dá para ver os telhados mais famosos. Em compensação, tem uma vista privilegiada do pôr do sol. Além disso, o atendimento é atencioso e o menu de drinks é excelente. Para facilitar a escolha, é organizado por categorias: os feitos com champagne, com vinho, com vodka, com whisky e por aí vai. Não é à toa que o bartender é premiado e, em agosto, o local será a sede do campeonato mundial de coquetéis. E seria injustiça deixar de falar que os petiscos também são gostosos e que o ambiente faz a gente esquecer do mudo lá fora, mesmo numa cidade linda como Praga.

Bebidas: Easter Elchies Classic (whisky, vermute, mel) + Old Fashioned (whisky e angostura) + Pink Chevrolet (champagne com morangos) + Sky Berry (licores italianos, morangos e suco de limão). Comidinhas: Crispy King Crab Tortellini with Sweet Chilli Sauce (massa recheada com caranguejo, servida com molho doce) e Prawns in Lime Tempura with Mango Coriander Salsa (camarões empanados, servidos com molho de salsa e coentro). Data:10/06/13. Aprox.: US$175

RIO SPREE, Berlim

Sabe uma coisa bem legal de fazer em Berlim, principalmente no verão? Aproveitar um dos muitos bares e restaurantes à beira do Spree, o rio que corta a cidade. A gente fez isso no segundo dia de viagem. Paramos numa das opções ao lado da Berliner Dom - a catedral - para comer uma pizza e tomar cerveja (a melhor que bebemos por lá). Era para ser um lanche rápido mas o clima e atmosfera estavam tão bons que a gente foi ficando, ficando. No outro dia, no final da tarde, encontramos mais um bar, desta vez com uma “pista de dança” nas margens do Spree. Pedimos duas taças de vinho e sentamos no gramado para aproveitar a festa. Surpreendente e engraçadíssimo. Também dá para fazer um passeio ou participar das raves nos barcos turísticos. Ou jantar num dos restaurantes mais chiques. O jeito é caminhar, seguindo o rio, e escolher o que melhor se adapta ao seu estilo.

REINHARD’S, Berlim

Na nossa primeira noite em Berlim não tínhamos um destino gastronômico definido. Mas acabamos tendo uma surpresa agradável. Estávamos no Nikolaiviertel, um quarteirão turístico com réplicas de prédios antigos, lojas e meia dúzia de restaurantes. Escolhemos o Reinhard’s pela aparência e quantidade de clientes. Depois, descobrimos que o lugar é tradicional e concorrido. O interior é muito parecido com os bistrôs franceses: muita madeira, bancos de couro vermelho e paredes repletas de quadros e fotos. O serviço é alemão: correto e impessoal. E a cozinha é internacional. Pedimos o mesmo prato: três tipos de peixe, grelhados e salteados com cebola, azeitonas, tomates e berinjelas. O tempero estava saboroso e foi um ótimo incentivo para continuarmos explorando a culinária alemã.

Vinho: Borgo Scopeto, Chianti, 2009 (+ couvert + dois pratos + café). Data: 04/06/13. Aprox.: US$120.

TIAN, SP

Inaugurado há três meses, o Tian é um dos lugares da moda no Itaim Bibi, em São Paulo. E tem tudo para continuar assim: ambiente aconchegante, decoração caprichada e gente bonita (e até famosa) querendo conhecer. Nós vimos a apresentadora do GNT, Mariana Weickert, em uma das vezes em que estivemos lá. Bom, mas o grande trunfo do restaurante é o sistema de compartilhamento da comida. O menu é composto de pequenos pratos e porções feitos para serem divididos entre duas ou mais pessoas. São clássicos da cozinha asiática que ganharam versões contemporâneas, com temperos mais leves, por exemplo. Geralmente, conseguimos experimentar três pratos a cada visita. E todos estavam ótimos até agora (veja abaixo), com exceção do buns. O preço das porções também é honesto. Nossa única observação é em relação ao atendimento. Sempre tem um probleminha. Uma vez esqueceram de fazer nosso pedido. Em outra trouxeram o vinho e o prato errados.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Pratos: Polvo grelhado; Golden baskets (cestinhas crocantes recheadas de frango e milho); Pad Thai (macarrão de arroz, camarão, moyashi, broto de feijão, limão, tamarindo e amendoim); Buns (tradicional pão chinês ao vapor) recheado com cogumelos e aspargos; Salmão Wasabi e Wok de linguiça chinesa e camarão. Data: abril/maio 2013. Aprox. R$170 (três pratos/porções + uma garrafa de vinho).

DE LUCA FOOD & WINE, Miami

Foto: reprodução

Essa foi a nossa primeira experiência na Lincoln Road, uma das ruas mais famosas e movimentadas de South Beach, Miami. Tem um calçadão cheio de restaurantes legais, inclusive com quiosques ao ar livre. Com tantas opções, os turistas são disputados pelos garçons. O De Luca estava quase vazio mas parecia um bistrô charmoso, aconchegante. E com um calor de quase 40º a gente queria mesmo era ficar no conforto do ar condicionado. Entramos. Pedimos água, muita água. E um vinho branco gelado, é claro. Para acompanhar, dois Linguine Di Mare. Foi a melhor massa com frutos do mar que eu comi em Miami. A diferença estava no molho, feito com azeite de oliva e ervas. Suave, saboroso. Parecia tudo bem até dispensarmos a apresentação de um mágico, contratado pelo restaurante para mostrar suas habilidades de mesa em mesa. Fomos gentis, porém achei que ele ficou magoado. Mas a gente não ia deixar a comida esfriando e o vinho esquentando. Afinal, não estávamos num circo.

Data: 10/06/12. Aprox.: US$85

SOBRENATURAL, RJ

Foto: Reprodução

Era nossa primeira visita ao Morro de Santa Teresa, Rio de Janeiro. O restaurante que a gente queria conhecer não era tão legal assim. Desistimos. Acabamos entrando no Sobrenatural. Apesar do nome, uma grande surpresa. O ambiente é simples, tijolos aparentes, móveis rústicos, pouca iluminação. Não esperávamos muito da comida. E esta foi a surpresa. Os frutos do mar - com destaque para os pescados - são a especialidade da casa. Ah! Também tem alguns segredos da culinária nordestina e as porções são generosas. Estávamos com fome mas um prato foi suficiente: um congrio rosa com arroz de brócolis. Muito bom! E pela localização e fama até que os preços não são altos. Data: dez/09. 

EL GALEÓN, Santiago-Chile

Missão gastronômica em Santiago, Chile: comer centolla, o caranguejo gigante típico da região. E lá fomos nós enfrentar o caos do Mercado Central, o lugar mais indicado para realizar tal desejo. Escolhemos o restaurante El Galeón, cuja recepcionista fica gritando na porta: “entrem, o único com banheiro privativo e ar-condicionado”. Depois de passar o maior calor nos corredores do mercado você entende o porquê. A fome era pouca, pedimos a menor centolla (foto). Nos arrependemos, estava uma delícia. O garçom descasca o crustáceo - com muita habilidade e rapidez - na frente do cliente. Vem acompanhado de salada, arroz e batata frita. O pisco sour (drinque com pisco, limão, clara de ovo, xarope) é cortesia da casa. O vinho branco foi por nossa conta e risco. E aí veio aquela preguiça de enfrentar o calor lá fora de novo...

Data: 31/12/11. Aprox.: 50 mil pesos chilenos ou R$200.

PING PONG, SP

O Ping Pong é uma rede inglesa que oferece comida típica chinesa. Os “dim sum” - petiscos servidos em cestinhas de broto de bambu - são o diferencial da casa. Tem várias opções (bolinhos, massas crocantes, rolinhos), com recheios de carne, peixe ou vegetariano. Como a porção é barata (cerca de 15 reais), dá para experimentar de tudo um pouco. Também é ideal para compartilhar com os amigos. Além disso, tem pratos como costelinhas de porco assadas. O ambiente é clean, só achamos que as mesas são muito próximas e os bancos sem encosto são desconfortáveis. Fora isso, tivemos  uma noite divertida, cheia de novos sabores. E surpresas: o chá que pedimos no final do jantar veio com uma flor mergulhada. Fomos avisados que, só quando ela estivesse totalmente desabrochada, o líquido estaria pronto para beber. Até hoje a gente lembra e faz quase três anos! Mas o restaurante ainda é sucesso. Depois de tanto tempo, é um bom sinal.

Foto: reprodução

Foto: Folhapress

TAVARES, SP

Sábado de tempo nublado em São Paulo. Recebo o convite de uma amiga para almoçar e acabo descobrindo o Tavares, um restaurante cheio de surpresas. Fica num casarão antigo e a decoração também nos remete ao passado. É cheio de “quinquilharias” como louças, embalagens de produtos e objetos de decoração. A proposta do chef é oferecer comida caseira com um toque de sofisticação. O penne com almôndegas que eu experimentei estava mesmo com aparência e sabor de comida caseira. Simples e boa. Interessante mesmo estava a conversa, embalada por um vinho Leyda Carmenère. Além de almoço e happy hour, o lugar é ótimo para marcar de tomar um café, da manhã ou à tarde. Tem ovos mexidos, tapioca, pão de queijo e deliciosos bolos caseiros. Data: 12/05/12. Preço médio dos pratos: R$45.

THE CHEESECAKE FACTORY, Miami

Mais uma dica para comer bem durante as compras no Aventura Mall (post anterior), um dos shoppings preferidos pelos brasileiros em Miami. The Cheesecake Factory é um misto de restaurante e lanchonete e, acredite!, tem duzentas opções no cardápio. Para facilitar a vida do cliente o menu é dividido em categorias como aperitivos, massas, sanduíches e a linha “SkinnyLicious”, marca registrada de comidinha light. Mas é claro que boa parte da fama vem dos tradicionais cheesecakes. São mais de trinta sabores. Alguns amigos da gente afirmam que é o melhor que eles já comeram. A série americana “The Big Bang Theory” também ajudou a divulgar a lanchonete no Brasil: a personagem Penny trabalha lá. E já li que é bem possível que a gente tenha uma franquia por aqui. Bom, nós não comemos o cheesecake mas experimentamos um prato inspirado na culinária vietnamita que também vai ser difícil esquecer. Veja abaixo.

Pratos: Vietnamese Shrimp Summer Rolls (rolinhos de massa de arroz recheados de aspargos, shitake, cenoura, macarrão de arroz, cebolinha, coentro e camarões) servidos gelados. Dia 18/07/12. Duas French Country Salad, da linha SkinnyLicious (mix de folhas verdes, aspargos grelhados, beterraba doce, nozes cristalizadas e vinagrete). Dia 11/06/12. Vinhos: uma taça de Matua Sauvignon Blanc e uma taça de Kendall Jackson Chardonnay. Entre US$40 e US$50.

GRAND LUX CAFE, Miami

Vai para Miami fazer compras? Vai visitar o Aventura Mall, um dos maiores shoppings da região? Então, esqueça as praças de alimentação. Descanse da correria num lugar mais aconchegante, lá tem ótimas opções. Uma delas é o Grand Lux Cafe, cujo cardápio é enorme e variado, dá até preguiça de ver tudo. Além de clássicos americanos (hambúrguer, steak) e europeus (massas, pizzas), tem pratos inspirados na culinária da Tailândia, Malásia e do Caribe. No nosso primeiro jantar eu descobri o peixe da foto acima, uma das coisas mais gostosas que experimentei em Miami. Tem a ver com as especiarias que eles usam. Depois, voltamos lá mais duas vezes. A gente preferia ficar na varanda, apesar do interior do restaurante ser um show: cheio de mármores, obras de arte e lustres enormes, lembrando os luxuosos cafés europeus. Mas os preços são bons e o atendimento é cordial. Afinal, eles estão acostumados a receber turistas de todas as nacionalidades, principalmente os brasileiros.

Pratos: Shrimp Fra Diablo Pasta (espaguetini com camarão, vinho branco, alho, manjericão fresco e molho marinara picante)/ Sauteed Market Fish & Garlic Shrimp (peixe, camarão, batatas, tomate cereja e molho de manteiga e alho). Vinho: Greg Norman, Pinot Noir, Califórnia. Data: 03/07/12. Aprox.: US$70.

BRASSERIE RUHLMANN, NY

Era nossa segunda vez em Nova York. Deixamos as malas no hotel e saímos para comer algo. Caminhando pela região descobrimos a Brasserie Ruhlmann. O restaurante é sofisticado e frequentado, principalmente, por executivos e turistas. Mas mesmo estando próximo do agito do Rockefeller Center, o lugar guarda um ar de tranquilidade. Escolhemos uma mesa do lado de fora e pedimos duas taças de vinho branco. Como a fome não era muita, escolhemos dois pratos bem leves. A minha salada estava uma delícia mas o que eu gostei mesmo foi do risoto de ervilha com camarões do André. Gostei tanto que voltei lá três dias depois só para comer o risoto. Era final de tarde e  aquele pedaço da cidade parecia mais mágico ainda. Neste dia tirei a foto da árvore toda iluminada. Ela fica bem em frente ao restaurante, do outro lado da rua. Fechei os olhos e fiz um pedido. Parecia que o tempo tinha parado. E por alguns instantes senti um enorme prazer de estar ali.

Pratos: Peekytoe crab salad/ Risoto de ervilha com camarões. Vinho: Wild Horse. Data: 21/07/12. Aprox.: US$70

ICI BISTRÔ, SP

Esse é um daqueles representantes da culinária francesa que têm muitos fãs em São Paulo. É visitado, inclusive, por outros chefs. Já ganhou duas vezes o prêmio de melhor francês da cidade do especial “Comer & Beber”, da revista Veja. Por tudo isso, estava na nossa lista para conhecer há muito tempo. Não devíamos ter esperado tanto. Os pratos são clássicos e é quase impossível não comer bem por lá. Destaque para a consistência e sabor do molho béarnaise que acompanhou a carne que eu pedi. Além disso, o ambiente do ICI Bistrô é discreto e aconchegante. Tem muita madeira e, é claro, tons de vermelho. Fomos num feriado, no meio da tarde, e só tinha mais um casal no restaurante. Como a experiência foi boa, pretendemos repetir a dose. Só que da próxima vez vamos ao ICI Brasserie, do mesmo grupo, que fica no shopping JK Iguatemi.

Pratos: Fraldinha com molho béarnaise e fritas allumette/ Steak Tartare. Vinho: Brumont, Merlot-Tannat, 2011 + dois cafés. Data: 25/01/13. Aprox.: R$220.

A BELA SINTRA, SP

O restaurante A Bela Sintra era um dos preferidos da apresentadora Hebe Camargo. E, pelo visto, de muitas famílias paulistanas. Vários clientes que estiveram lá no mesmo dia que a gente já eram conhecidos dos garçons. Apesar do cardápio variado, a especialidade é o bacalhau. Eu provei uma receita diferente e deliciosa com massa folhada (veja abaixo), não vou esquecer o sabor tão cedo. O André preferiu um tradicional bacalhau com batatas, que estava ótimo mas não foi o melhor que ele já experimentou. O tempero é suave. O que é salgado mesmo é a conta. Mas era meu aniversário e decidimos comemorar num lugar especial. O ambiente ajuda muito, é clássico mas sofisticado. No máximo vinte mesas. As luzes são baixas e a música também. Isso faz com que as pessoas conversem num tom agradável aos ouvidos. E faz a gente ter vontade de ficar lá por várias horas.

Couvert: Pão quentinho e torradas com três tipos de patê, queijo fresco e manteiga, além de mini bolinhos de bacalhau. Pratos: Mil-folhas recheado com bacalhau, espinafre, shitake e coberto com um creme branco (light rsrsrs)/. Bacalhau a gosto da mia com batata, cebola, ovo e azeitona preta. Vinho: Lasso 2006, região de Lisboa + dois cafés. Data: fev/2013. Aprox.: R$520.

BISTRÔ CHARLÔ, SP

São Paulo quase nunca está vazia mas nos feriados alguns restaurantes ficam menos disputados. Neste carnaval aproveitamos para conhecer um que estava na nossa lista: o Bistrô Charlô. Tínhamos lido mais críticas boas do que ruins. Fica numa rua tranquila na região dos Jardins, mesinhas na calçada. Mas o interior é mais sofisticado do que imaginávamos. Pé direito alto, madeira e espelhos deixam o ambiente acolhedor. Além da nossa mesa, havia apenas mais duas ocupadas. Então deu para curtir com calma e prestar atenção nos detalhes. Carta de vinhos com muitos rótulos, pãozinho quente de entrada e garçons atentos. Nossos pratos estavam bons e o que mais marcou foi a pouquíssima quantidade de sal que sentimos no tempero. Para nós é um ponto positivo.

Pratos: Ravióli de shimeji e alho poró/ Escalope de vitela à milanesa, rúcula com mostarda e purê de batata. Vinho: Dios Ares Crianza 2006 + dois cafés. Data: 12/02/13. Aprox.: R$220.

CORRIENTES 348, SP

Um casarão cheio de cômodos transformado num restaurante. Inclusive a garagem foi reaproveitada. Uma decoração rústica, multicolorida e pouca iluminação. Assim é o Corrientes 348, especializado em parrila portenha, no Itaim Bibi. Mas não se engane com a aparência. Foi o restaurante cuja fila de espera foi a maior e mais demorada que já enfrentamos em São Paulo. E onde eu vi mais Chanel por metro quadrado na cidade. Os garçons são jovens, simpáticos e fazem amizade com os clientes. Um dos motivos da pouca rotatividade das mesas. E também achamos o atendimento demorado. Mas a carne vale a pena. Nós pedimos um “fraldão argentino” que estava macio e suculento. Os cortes não são baratos mas, geralmente, servem duas pessoas. E os acompanhamentos também são bem servidos. Além do Itaim, tem outra casa no bairro Higienópolis e em Brasília.

Pratos: Linguicinha (de entrada)/ Vacio (fraldão) + polenta frita + farofa. Vinho: Kaiken, reserva malbec, Mendoza 2010 + dois cafés. Data: 03/02/13. Aprox.: R$215.

IL BELLAGIO, Miami

Estávamos em Miami e decidimos ir até West Palm Beach. Uma viagem deliciosa pelo litoral da Flórida. Além de conhecer a cidade, é claro que tínhamos outra missão: experimentar o Il Bellagio, dica gastronômica de um casal de amigos. O restaurante fica ao ar livre, na praça do principal shopping da região. A temperatura estava acima de 40 graus mas decidimos sentar do lado de fora para vivenciar a experiência de estar numa “piazza italiana”. Nem conhecemos o interior mas a decoração é simples. Pedimos muita água e um vinho rosé, fresquinho. Para acompanhar, a clássica massa com frutos do mar. Porção generosa, temperinho gostoso. Ficamos olhando o movimento e registrando tudo na memória para não esquecer aquele momento de prazer. Se você estiver por lá, experimente. Parece coisa de turista mas é frequentado por moradores. E o preço não assusta. Data: 08/07/12. Aprox.: US$60.