SALLVATTORE, SP

Um oásis no deserto. É assim que a gente costuma definir o Sallvattore. Fica numa esquina cheia de prédios, no Itaim Bibi, mas tem uma varanda deliciosa que é visitada até por beija-flores. Então, dia de calor é um dos nossos favoritos. O interior tem pé direito alto, é amplo, arejado e a decoração mediterrânea faz a gente pensar que está na praia. Mas vamos ao que interessa: o cardápio tem clássicos bem gostosos da cozinha italiana. Já fomos lá umas cinco vezes. Experimentamos massas mas quase sempre pedimos o “grelhado misto do mar” para dois. Vem acompanhado de um molho de ervas e outro de tomates. Muito bom! À noite é legal para saborear uma pizza e tomar um vinho. Mas esses dias uma amiga foi lá e disse que até a salada vale a pena rsrsrs porque o ambiente é muito legal.

Pratos: Grelhado misto do mar (camarões, mariscos, lula, polvo, salmão e linguado com salsa verde e molho sardo). Vinho: Boas Quintas. Aprox. $200.

LA CASSEROLE, SP

Não se deixe impressionar pela fachada mal conservada, nem pela localização: o Largo do Arouche, na região central. O La Casserole é um ótimo representante da culinária francesa em São Paulo. O ambiente interno conserva mesmo um ar de nostalgia – o bistrô tem quase 60 anos – mas os detalhes mostram que o lugar soube se atualizar. Os guardanapos de tecido branco estavam impecáveis, as flores eram frescas, a carta de vinhos foi recentemente premiada, o cardápio tem opções clássicas e contemporâneas. Era aniversário do André e eu tinha pedido para reservarem uma mesa no canto, de frente para a janela. Ficamos observando o Mercado de Flores, do outro lado da rua, jogando conversa fora e saboreando um menu quase completo (veja abaixo). Os pratos estavam ótimos e eu saí de lá com a certeza de ter feito a escolha certa!

Pontos a melhorar: quando fiz a reserva me avisaram que a mesa  estaria disponível só até 13h. Chegamos uns 10 minutos antes. Mas o restaurante estava fechado porque só abre às 13h! Só que isso eles não me avisaram. Então, tivemos que esperar a abertura. Falta grave! Outra coisa: de cada 10 clientes 8 eram idosos que já conheciam o restaurante. Tomara que a dona esteja se preocupando em renovar a clientela para que o La Casserole continue funcionando por muitos anos ainda.  

Couvert: pães, manteiga na temperatura ideal, patê de azeitona, palitos de cenoura e pepino. Entrada: scargots na manteiga, com alho e ervas. Pratos: Costeleta de cordeiro, com aspargos e creme branco/ Bacalhau confitado e tapenade de azeitonas, sobre cozido de feijão branco, alcachofra e cubos de bacon. Vinho: Chateau Beaumont les Pierrières, 2007, região de Bordeaux. Data: 2012. Aprox. $380.

BOS BBQ, SP

O carro-chefe do BOS BBQ é a costelinha de porco assada. O segredo é o jeito texano de fazer churrasco: a carne não entra em contato com o fogo, só com a fumaça por horas a fio. Então, a gente não teve como deixar de comparar com a nossa experiência do post sobre o Shorty’s, em Miami, que consideramos melhor. Aqui, nossa costelinha chegou fria na mesa. Além disso, a do Shorty’s é mais suculenta, se desprende do osso sem precisar cortar. Mas decidimos ignorar esses detalhes porque o novo restaurante, no Itaim Bibi, tem muitas coisas legais. A começar pelo ambiente informal: um sobrado cheio de janelas na esquina de uma vila tranquila. É muito gostoso para ficar bebendo e provando aperitivos nos dias de sol. Quem não gosta de carne suína, tem outras opções: picanha, fraldinha, saladas, massas. E os três molhos da casa - que geralmente ficam na mesa - deixam tudo mais saboroso. Até a data deste post já tínhamos ido lá duas vezes. Abaixo seguem os detalhes da primeira visita.

Pratos: aperitivo de linguiça e pão/ meia porção de costelinha suína com batatas fritas. Bebidas: cerveja e caipirinha. Data: 30/09/12. Aprox. $120.

SERAFINA, SP

Foto: Divulgação

Nos Estados Unidos Serafina é uma rede famosa de restaurantes,  frequentada por gente famosa. Em São Paulo, tem duas filiais: a mais antiga na Alameda Lorena, onde já fui almoçar com uma amiga. A outra - inaugurada há menos de um mês - no Itaim Bibi, onde almocei com o André. E aqui ambas também são disputadíssimas pela clientela. Nós dois não achamos tudo isso e nem faremos esforço para voltar. As razões? O pessoal fala muito das massas, das pizzas, mas o cardápio não tem nada de surpreendente. E a correria é tanta que os pratos parecem ter saído de uma “linha de produção”, prejudicando a aparência. Tipo um extrato de tomate jogado em cima de um penne de qualquer jeito, entende? Tem vários drinques bacanas mas o lugar não é legal para ficar bebendo e conversando, é mais para restaurante mesmo. Aliás, se quiser experimentar, prefira o da Lorena. Lá o ambiente é agradável. O do Itaim Bibi parece algo inacabado.

Pratos: Farfalle al Limoncello (massa com camarões, raspas de limão siciliano e um toque de creme). Vinho: italiano tinto Serafina. Data: 29/09/12. Aprox. $120